ESTEREÓTIPOS EM COMUNICAÇÃO

By | 14.12.13 Deixe um comentário
Estereótipos Culturais e a Comunicação Real:

Nossa cultura tende a medir e categorizar o que conhecemos. Isso é útil, mas tem sérios efeitos colaterais que passam sem serem percebidos. O mais danoso eles é a formação de estereótipos de comunicação (pré-juízos) que dificultam a nossa percepção do que se passa, passando a funcionarem como  filtros perceptivos. Se estudos estatísticos mostram que japoneses "típicos" não gostam de contato visual em contraste com um americano "típico" se ambos se orientarem mecanicamente em relação ao outro poderão ficar confusos. Haverá momentos de busca de contato ocular por parte do japonês e de olhos baixos de parte do americano.

Pesquisas estatísticas "mostram" que mulheres "típicas"  comunicam-se de forma mais indireta e homens "típicos" mais direta. Nem sempre e depende da situação. Um dos mais notáveis terapeutas do século 20 em nossa opinião e estudioso prático da comunicação utilizava ostensivamente a linguagem indireta inclusive no seu dia a dia. Outro notável da comunicação, o psicanalista Frances Jaques Lacan também se comunicava indiretamente e por metáforas e analogias como Milton. O linguajar poético não é especifico de mulheres ou homens.

Na comunicação real ocorrem variações que não são evidentes em estatísticas de uma população toda de pessoas. E mais ainda, essa informação pode distorcer a coerência das pessoas quando tomada como verdade em cada caso.
Pode ser que na mesma cultura, em diferentes momentos, um olhar tenha sentidos bem diferentes: em um momento pode indicar um pedido de reconhecimento e em outro, uma a expressão de estar sendo invadido(a). A experiências ativa e co-ativa de compartilhamento vivencial é o fiel da balança no jogo relacional. 
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