DO DIALOGISMO AO TRIALOGISMO

By | 14.12.13 Deixe um comentário
Na comunicação temos referências a dialética: tese-antítese e síntese, três movimentos, ao dialogismo em linguística (Bakhtin) e em interações complexas (Morin) como um jogo de antagonismos. A pergunta é se realmente existe uma necessidade estrutural de antagonizar. Se nos voltarmos para o jogo econômico, esportivo de mercado, das disputas por vagas nas escolas e empregos, supostamente em busca da meritocracia, e no fundo, em busca do poder e do controle desse poder, tenderemos a acreditar que o jogo de oposições é inerente à existência humana.
Uma apreciação menos apressada nos mostra como a interação dialógica, entre dois lugares não tem sentido sem ser referida a um lugar terceiro. Um lugar de referência aos outros dois.
Por exemplo, as relações "eu-tu" não tem sentido exclusivo. Só tem sentido em relação como um nós em relação a um Nós, o qual por sua vez faz sentido  em relação a um "Vocês" e esse a um "Os outros".
           O conceito de Dialogismo é o de duas lógicas, sejam elas levadas por duas pessoas grupos ou por várias. Esse conceito que estamos lidando de Trialogismo consiste em colocar em ação pelo menos três diferentes possibilidades ou alternativas lógicas. O antagonismo tende a acontecer com duas lógicas apenas: elas tendem a polarizarem-se, como nos campeonatos esportivos, na política, nas pesquisas tipo "sim ou não". Colocada pelo menos três possibilidades a demanda por antagonismo dá lugar a uma demanda pela cooperação, pela construção em comum: pela comunicação entre diferentes.
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: